Yoga deriva do radical sâncrito. YUJ que significa juntar, unir ou integrar. Pode-se assim definir Yoga como junção, união ou integração.
Mas o que melhor define é integração, posto que não se trata de unir coisas diferentes mas integrar aspectos percebidos como diferentes em uma realidade única. Assim como objetivo último, Youga é a integração do ser individual (jêyâtaman) ao princípio supremo (paramâtman) a partir da superação da ideia ilusória de que estas entidades estão separadas por serem essencialmente diferentes.
T.Michel (1976) lembra que o termo “integração” pode também ser entendido como unificação dos diferentes elementos do psiquismo humano.
Yoga é a união harmônica de todos os aspectos constituintes do ser (físico, mental e espiritual) tanto que nas práticas nunca devemos estar enfocando somente um desses aspectos.
Se uma prática for somente corporal, por exemplo, não é Yoga.
Tal condição de integração é um estado, ou seja, se está assim. Referindo-se a este estado seguem-se algumas definições.
>>Yoga é compostura impassível (shankava)
>>Yoga é êxtase (vyasa) Mircea Eliade (1993) propõe substituí-lo pelo termo “ênfase” por entender que em tal estado não se busca voltar a consciência para fora (ex), mas sim centrá-la em si mesmo (ens.)
>> Yoga é cessação dos turbilhões da consciência (Patânjai)
Porque praticar Yoga
Porque precisamos buscar uma trégua para a mente, desidentificando-a dos problemas e permitindo que nossas auto-realizações possam ser atingidas de dentro para fora.
O controle de nossas respostas emocionais, de nossas funções orgânicas depende de um aprendizado que pode ser proporcionado por este sistema e que muito ajuda os que aprendem. É fundamental lembrar que Patânjali, a maior autoridade histórica do campo do Yoga, menciona no verso três dos seus Yogas Sutras que só no estado de Samadhi a pessoa está de fato em sua real natureza.
Assim, podemos também dizer que se pratica Yoga para centrar-se na Realidade, para afastar-se das percepções e tendências distorcidas pelas perturbações de uma mente instável.
Ao dizer o como se pratica Yoga, Rodrigues nos lembra que há sistemas a seguir, cuja validade tem sido corroborada por milhões de praticantes ao longo de milhares de anos, abordando em especial o sistema de Patânjali, o qual pressupõe a incorporação de princípios e atitudes que devem reger a conduta do adepto somada às práticas de técnicas preparatórias destinadas ao controle do corpo, da respiração e dos sentidos culminando com as práticas internas, meditativas, que conduzem ultimamente ao estado já descrito de cessação dos turbilhões da mente.
Padma mudra: Gesto da Flor de Lótus
A Flor de Lótus no Yoga simboliza o caminho da evolução. A Lótus nasce no fundo de lagos e pântanos em meio a lama, percorre um caminho denso pela água através de seu caule e na superfície faz desabrochar uma linda e estonteante flor que se abre na direção do sol, seguindo o caminho da iluminação.
Sirshâsana: Pouso sobre a cabeça
Benefícios para o corpo e a mente: melhora a circulação sanguínea, respiração e memória. Ademais a invertida é também divertida.
Bhujangâsana: Postura da serpente
Bibliografia: Yoga – teórico prático, Gerson D’Addio da Silva | Prof. Hermógenes